Servidor da CGU é indiciado por agressão e afastado do cargo por 60 dias

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) David Cosac Junior por agressão à ex-namorada e ao filho dela, de quatro anos. O caso ocorreu no dia 7 de dezembro e resultou no afastamento cautelar do servidor por 60 dias.

De acordo com a Polícia Civil, o indiciamento ocorreu no dia 8 de dezembro, pelos crimes de lesão corporal contra a mulher e maus-tratos contra a criança. Laudos do Instituto de Medicina Legal confirmaram lesões contusas na mulher e marcas avermelhadas no rosto da criança.

Após o indiciamento, o investigado passa a ser formalmente considerado suspeito. As investigações seguem em andamento e podem resultar no envio do caso ao Ministério Público, que decidirá sobre eventual denúncia à Justiça.

Em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (26), foi publicado o afastamento cautelar do servidor. O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, classificou os fatos como gravíssimos e determinou, entre outras medidas, a proibição de ingresso do servidor nos prédios do órgão enquanto durarem as apurações.

A CGU informou que adotou medidas administrativas, como a abertura de investigação preliminar pela Corregedoria-Geral da União e pela Comissão de Ética, além da revogação da designação do servidor como substituto eventual da chefia imediata.

Segundo o órgão, os fatos indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na Lei nº 8.112/1990, especialmente quanto à conduta compatível com a moralidade administrativa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a abertura de processo interno para responsabilização e possível expulsão do servidor do serviço público federal. Em publicação nas redes sociais, o presidente afirmou que o combate à violência contra mulheres e crianças é prioridade do governo.