Crime teria sido motivado por ciúmes; vítima sofreu agressões físicas, sexuais e foi mantida em cárcere privado
Um homem foi preso preventivamente pela Polícia Civil de Sangão nesta terça-feira (21) acusado de torturar a ex-companheira por mais de 24 horas dentro de casa. Segundo as investigações, o crime ocorreu entre os dias 10 e 11 de outubro, e teria sido motivado por ciúmes, já que o casal estava em processo de separação.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito chamou a vítima até sua residência, alegando estar passando mal e pedindo ajuda para ir ao hospital. Ao chegar ao local, a mulher, de 31 anos, foi surpreendida pelo ex-companheiro, que afirmava ter encontrado mensagens dela com outro homem.
A partir desse momento, teve início uma longa sessão de agressões, que durou da tarde de sexta-feira (10) até a noite de sábado (11). A vítima relatou ter sido espancada com socos, pontapés, fios elétricos e cinto, além de ter o rosto cortado com uma faca e os cabelos arrancados. Também afirmou ter sido abusada sexualmente com o uso de um objeto (um frasco de desodorante).
Durante o período em que ficou mantida trancada na casa, o agressor chegou a sair para comprar bebidas alcoólicas e, ao retornar, retomou as agressões. Em seguida, obrigou a mulher a entrar no carro e a levou até Jaguaruna, nas proximidades do Balneário Campo Bom e Vila Valdeci, onde tentou atropelá-la.
Em estado de extrema debilidade física e psicológica, a vítima conseguiu fugir para uma área de mata, onde desmaiou. Ela foi encontrada no dia seguinte, 12 de outubro, por moradores locais, e precisou ser internada por uma semana devido à gravidade dos ferimentos.
As declarações da vítima foram colhidas ainda durante a internação. Após a investigação, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, que foi cumprida nesta terça-feira.
A ação contou com apoio da Delegacia de Polícia de Jaguaruna, que colaborou com a investigação por meio do cartório de violência doméstica. Durante as diligências, os agentes apreenderam o sistema de câmeras da residência do acusado, para auxiliar na coleta de provas.
O suspeito foi interrogado, mas optou por permanecer em silêncio, sendo encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão.
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