Encontro entre os presidentes dos EUA e do Brasil ocorre após aproximação diplomática e pode selar fim das tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros.
Foto: Reprodução O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a caminho da Malásia, onde participará de reuniões com líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Durante a viagem, o republicano deve se encontrar pessoalmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um gesto que marca a reaproximação entre os dois países.
“Acredito que vamos nos encontrar, sim”, afirmou Trump. Questionado sobre uma possível redução das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente americano disse: “Sim. Sob as circunstâncias certas, com certeza”.
O encontro presencial será o primeiro entre os dois líderes e acontece após um mês de retomada nas relações bilaterais. Em setembro, durante a cúpula da ONU, Lula e Trump tiveram uma breve conversa nos bastidores — posteriormente descrita por Trump como um momento de “excelente química” — que abriu espaço para negociações oficiais.
Em declaração na madrugada deste sábado, Lula afirmou estar confiante em uma solução diplomática. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução”, disse.
Entre os temas que devem ser abordados estão o fim das tarifas comerciais e as sanções impostas a autoridades brasileiras, como a que atingiu o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Além disso, Lula deve aproveitar o encontro para manifestar oposição às políticas intervencionistas de Trump na América do Sul, especialmente em relação à Venezuela e à Colômbia.
O tarifaço de 50% foi anunciado por Washington em julho e entrou em vigor em agosto, sob alegação de “desequilíbrio comercial” e “questões políticas” envolvendo o Brasil — justificativas que o governo brasileiro contesta.
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