Encontro discutiu ainda anistia e situação política no Congresso.
Governadores de oposição se reuniram nesta quinta-feira (7) em Brasília e cobraram medidas mais enérgicas do governo federal contra o “tarifaço” aplicado pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
Nesta semana, entrou em vigor uma taxa de 50% anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, sobre produtos exportados pelo Brasil aos EUA.
A tarifa imposta é uma forma de pressionar a Justiça brasileira a encerrar o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
O encontro dos governadores foi realizado na residência do governador do Distrito Federal, (DF) Ibaneis Rocha (MDB), em Brasília.
Estiveram presentes na reunião:
Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo;
Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina;
Ratinho Jr. (PSD), do Paraná;
Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro;
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais;
Ronaldo Caiado (União), de Goiás;
Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso;
Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas.
Na saída do encontro, Tarcísio de Freitas cobrou ações concretas do governo Lula na negociação com os EUA.
“Existe uma questão de imprudência em termos de relação internacional. A gente acabou indo para um caminho muito ruim, um caminho que acabou agredindo um parceiro histórico do Brasil. A gente precisa cobrar do governo federal”, afirmou Tarcísio.
O governador afirmou que o governo precisa se engajar nas negociações e cobrou ações concretas, como cronogramas, prazos, planejamentos e o anúncio de pacotes de mitigação de impactos contra as taxas.
Ronaldo Caiado criticou uma fala de Lula que disse não ver razão para ligar para Trump e disse que o presidente penaliza o setor produtivo.
“Se o presidente Lula não quer conversar e a ele interessa a crise, nós governadores não. Nós queremos ampliar mercados”, disse o governador de Goiás.