Candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por SC causa racha no PL e troca de farpas entre Campagnolo e Zanatta

A possível candidatura de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina tem gerado forte repercussão e intensificado os conflitos internos no Partido Liberal (PL).

A tensão aumentou após a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) declarar publicamente ser contrária à candidatura do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando a estratégia como “muito ruim”.

Segundo Campagnolo, já havia um pré-acordo dentro do partido para que a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) fosse a candidata ao Senado pelo estado nas eleições de 2026.

Na ala oposta está a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC), que saiu em defesa de Carlos Bolsonaro. As duas chegaram a discutir o tema durante uma live transmitida nesta sexta-feira (7), que acabou se transformando em um embate acalorado.

Durante a transmissão, Zanatta afirmou que o debate envolve “lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro” e criticou Campagnolo:

“A senhora está falando contra o filho do Bolsonaro. A senhora fala insistentemente, toda hora, que ele não tem que vir”, disse Zanatta.

Campagnolo manteve a posição de que a candidatura de Carlos “não é a melhor estratégia”. Em resposta, Zanatta retrucou:

“A gente tem que engolir estratégia. Você pode falar, mas vai sofrer as consequências.”

Surpresa com a fala, Campagnolo reagiu:

“Que coisa absurda você está falando! Vai fazer campanha pra outro partido?”, questionou, referindo-se à possibilidade de Carol de Toni disputar pelo Partido Novo.

Zanatta respondeu:

“Vou. O nosso partido é o Brasil.”

Ao final, Campagnolo ainda se queixou das críticas recebidas por parte de Carlos Bolsonaro:

“O Carlos começou a me agredir e a me chamar de mentirosa. Não é justo me tratar dessa maneira.”

O episódio escancara uma divisão no bolsonarismo catarinense e evidencia a disputa por espaço dentro do PL de Santa Catarina, que ainda busca uma definição sobre quem será o nome oficial ao Senado em 2026.