Segundo ela, o reajuste aprovado está longe de corrigir a defasagem registrada desde 2021.
A deputada estadual Luciane Carminatti (PT), identificada com a pauta da defesa do magistério catarinense, usou a tribuna da Assembleia Legislativa (Alesc) para questionar os deputados que se posicionaram contra suas emendas apresentadas ao projeto de lei do Governo do Estado que concedeu 11% de reajuste ao magistério
Segundo a parlamentar, o percentual está longe de corrigir a defasagem de aproximadamente 23% registrada desde 2021.
O reajuste será pago em duas parcelas: 6,5% em julho e 4,5% em dezembro
“Eu queria perguntar aos deputados se aceitariam ter uma graduação, mestrado e doutorado, ficar 25 anos na sala de aula, tendo que resolver problemas de família, da escola, de todas as ordens e se aposentar praticamente com o mesmo salário de quando entrou”, afirma Carminatti, que preside a Comissão de Educação e Cultura da Alesc.
Luciane acrescentou que “dói” a atitude do Governo do Estado de não reconhecer e valorizar o trabalho de professoras e professores de Santa Catarina. “O projeto que estamos analisando, não responde à valorização do magistério estadual e à descompactação da tabela salarial e não muda uma realidade muito cruel: que o salário pago não seria aceito pelas demais categorias do serviço público.”
Ao lado do Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), Luciane protocolou diversas emendas ao projeto original.
Carminatti também enfatizou a necessidade de seguir lutando pelo cumprimento integral do piso nacional do magistério e pela aplicação de 100% dos recursos do Fundeb.