Líderes acertaram a redução de tarifas sobre produtos chineses e cooperação no combate ao fentanil; medida evita nova escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Foto: Reprodução O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping firmaram um novo entendimento para reduzir as tensões comerciais entre seus países. O encontro aconteceu na madrugada desta quinta-feira (30), na Coreia do Sul, e resultou na redução das tarifas de importação sobre produtos chineses de 57% para 47%, além de novos compromissos bilaterais.
Segundo Trump, em troca da diminuição das tarifas, a China retomará a compra de soja americana, manterá o fluxo de exportação de terras raras e fortalecerá o combate ao comércio ilícito de fentanil, uma droga sintética altamente viciante e responsável por milhares de mortes nos EUA.
O encontro, que durou quase duas horas, foi o primeiro entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Presidência, em janeiro. O acordo evita uma nova tarifa de 100% sobre produtos chineses, inicialmente ameaçada pelo governo americano, e renova por um ano a trégua comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Além da redução geral, os Estados Unidos também diminuíram de 20% para 10% os tributos sobre produtos ligados ao fentanil. Trump afirmou que a China deverá adquirir “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas americanos nos próximos anos.
Outro ponto importante do acordo envolve as terras raras, um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a indústria de alta tecnologia. A China concordou em suspender, por um ano, os controles de exportação sobre esses insumos, considerados estratégicos para a fabricação de smartphones, carros elétricos e semicondutores.
A decisão de Trump foi anunciada poucos dias após sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Malásia, onde os dois líderes discutiram a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Atualmente, os produtos brasileiros enfrentam tarifas de até 50% para entrar no mercado americano — mais altas do que as impostas à China após o novo acordo.
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