Tragédia no complexo Wang Fuk Court pode ter relação com falhas de segurança e uso de andaimes de bambu
Foto: Reprodução O número de mortos no incêndio que atingiu o complexo residencial Wang Fuk Court, em Hong Kong, subiu para 146 neste domingo (30), após novas buscas nos prédios destruídos. A tragédia já é uma das piores da história da cidade e ainda há cerca de 100 desaparecidos.
Equipes da Unidade de Identificação de Vítimas de Desastres encontraram corpos em apartamentos e telhados. A operação é lenta devido à escuridão, ao excesso de fumaça e ao difícil acesso aos blocos parcialmente queimados. Ao todo, quatro dos sete edifícios já foram vasculhados.
O incêndio começou na quarta-feira (26) em andaimes de bambu usados em uma reforma. O fogo se espalhou rapidamente devido às placas de espuma que bloqueavam janelas e funcionaram como combustível, segundo as primeiras investigações. Alguns alarmes de incêndio também falharam.
A tragédia deixou 79 feridos e destruiu parte dos oito edifícios do conjunto, que abrigavam mais de 4.600 moradores. Muitos estão em abrigos temporários.
Investigação e prisões
O governo de Hong Kong suspendeu 28 obras da empreiteira responsável pela reforma, a Prestige Construction, por suspeitas de falhas graves de segurança.
Três diretores e um consultor da empresa foram presos por homicídio culposo e negligência, e depois detidos novamente pela agência anticorrupção, junto com outros oito suspeitos.
Comoção pública
Um grande memorial com flores e mensagens ocupa a área externa do conjunto. Comunidades indonésia e filipina prestaram homenagens às vítimas — entre elas, trabalhadores migrantes.
A tragédia é o pior incêndio em Hong Kong desde 1948, quando 176 pessoas morreram. O governo chinês determinou uma inspeção nacional em edifícios altos para identificar riscos semelhantes.
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