O cessar-fogo na Faixa de Gaza começa nesta sexta-feira (10), com retorno gradual de tropas e libertação de reféns sob negociação internacional.
Um cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor às 6h (horário de Brasília) desta sexta-feira (10), horas após o governo de Israel ratificar um acordo de paz com o Hamas, mediado pelos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. O Exército israelense informou que suas tropas recuaram para novas linhas de implantação, reduzindo a ocupação do território palestino de 75% para cerca de 53%, enquanto o Hamas deve liberar os reféns mantidos desde os ataques de 2023.
O plano de paz, proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, prevê a libertação de 48 reféns ainda sob poder do Hamas em até 72 horas após o início do cessar-fogo, incluindo 28 mortos, cujos corpos precisam ser localizados pelo grupo, com apoio internacional da Turquia. Em contrapartida, Israel deve liberar quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
O Hamas anunciou o fim da guerra após receber garantias de cessar-fogo permanente de Estados Unidos e mediadores árabes. Israel, por sua vez, mantém tropas em áreas ainda sob seu controle e reforçou que continuará eliminando ameaças imediatas.
Apesar da trégua, colunas de fumaça foram vistas em Gaza, e detalhes do acordo ainda não foram totalmente divulgados, incluindo a entrega das armas pelo Hamas e a transição de governo na região. Alguns líderes israelenses de extrema direita se posicionaram contra o acordo, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que a votação interna do governo aprovou a medida, que representa a “primeira fase” do plano de paz.
O acordo é considerado um marco na tentativa de encerrar o conflito que dura meses, embora a implementação completa dependa da resolução de pontos sensíveis, especialmente a localização e entrega dos corpos dos reféns mortos.