Paralisação foi aprovada em votação nesta segunda-feira e ocorre em meio a denúncias de falta de pessoal, problemas de segurança e financiamento.
Foto: Benh LIEU SONG Trabalhadores do Museu do Louvre decidiram entrar em greve nesta segunda-feira (15), após votação realizada pela manhã, e impediram a abertura do museu ao público em Paris. A paralisação foi aprovada por cerca de 400 funcionários e resultou no fechamento temporário do museu mais visitado do mundo, sem previsão de reabertura até a última atualização.
De acordo com o sindicato CFDT, os trabalhadores optaram por paralisar as atividades ao longo do dia como forma de pressionar por melhores condições de trabalho, ampliação do quadro de funcionários e mais investimentos na instituição. Um aviso publicado no site oficial do Louvre informava que o museu estava fechado no momento, enquanto visitantes eram impedidos de entrar.
A greve ocorre após negociações realizadas na semana passada entre representantes sindicais e autoridades do governo francês, incluindo a ministra da Cultura, Rachida Dati. Segundo líderes sindicais, as conversas não foram suficientes para resolver preocupações relacionadas ao financiamento, à sobrecarga de trabalho e à segurança do museu.
O secretário-geral do setor de cultura do CFDT, Alexis Fritche, afirmou que visitar o museu se tornou uma experiência difícil, citando a superlotação constante e a falta de pessoal para atender a demanda crescente de visitantes.
Os funcionários do Louvre já haviam realizado uma greve em junho deste ano, motivada principalmente pela superlotação do espaço e pelo descompasso entre o aumento do número de visitantes e o efetivo disponível para operação e segurança. Para os trabalhadores, o roubo de joias ocorrido em outubro agravou preocupações antigas sobre falhas estruturais e operacionais.
No episódio, ladrões utilizaram uma plataforma elevatória para acessar a fachada do museu, arrombaram uma janela, quebraram vitrines e fugiram com peças das joias da Coroa francesa, que ainda não foram recuperadas. Uma investigação do Senado francês apontou falhas como câmeras inoperantes, equipamentos desatualizados, salas de controle com pessoal insuficiente e problemas de coordenação, que teriam permitido a fuga dos criminosos com pouco mais de 30 segundos de vantagem.
Na semana passada, outro incidente reforçou os alertas internos, após um vazamento de água no museu danificar quase 400 livros raros, ampliando as críticas à manutenção e à gestão da estrutura.
Até o momento, a direção do Louvre não informou quando o museu será reaberto ao público, enquanto sindicatos mantêm a mobilização e aguardam novas negociações com o governo francês.
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