Operação faz parte da campanha antidrogas do governo Trump e teria atingido embarcação controlada pela gangue Tren de Aragua
Foto: Reprodução Os Estados Unidos realizaram um ataque noturno contra um navio suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas no Caribe, que resultou na morte de seis supostos “narcoterroristas”, informou nesta sexta-feira (24) o secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth. A ação integra a campanha antidrogas lançada pelo presidente Donald Trump em setembro.
Em publicação na rede X (antigo Twitter), Hegseth afirmou que essa foi a primeira operação realizada à noite dentro da ofensiva e que a embarcação seria operada pela gangue Tren de Aragua, de origem venezuelana. Ele também compartilhou um vídeo de cerca de 20 segundos, no qual o barco aparece na água antes de ser atingido por um projétil e explodir.
Embora o secretário não tenha apresentado provas sobre o carregamento do navio, o Pentágono confirmou que o ataque faz parte de uma série de ações militares contra embarcações suspeitas no Caribe e no Oceano Pacífico. Desde o início da campanha, dez ataques já foram registrados, resultando em quase 40 mortes. Alguns deles teriam ocorrido próximos à costa da Venezuela.
O aumento da presença militar dos EUA na região inclui o envio de destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e milhares de soldados.
Na quinta-feira (23), Trump declarou que pretende notificar o Congresso norte-americano sobre as operações contra cartéis de drogas e adiantou que ações em solo estrangeiro podem ser as próximas etapas da campanha.
Os ataques, no entanto, têm gerado críticas de juristas e parlamentares democratas, que questionam se as ações cumprem o direito internacional e as leis da guerra.
A Reuters revelou recentemente que dois suspeitos de tráfico sobreviveram a um ataque semelhante e foram resgatados pela Marinha dos EUA, sendo posteriormente repatriados para Colômbia e Equador.
O episódio reacende tensões com a Venezuela, cujo presidente Nicolás Maduro acusa Washington de tentar removê-lo do poder. Em agosto, o governo norte-americano dobrou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, sob acusações de narcotráfico e vínculos com grupos criminosos — acusações que ele nega.
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