Foto: Reprodução Um incêndio em um grande datacenter em Daejeon, na Coreia do Sul, na noite de sexta-feira (29/9), provocou a indisponibilidade de 647 sistemas governamentais e desencadeou um debate nacional sobre a estratégia de armazenamento de dados públicos. Escolas, hospitais e órgãos administrativos foram afetados, com impacto direto na prestação de serviços essenciais.
Entre os 96 sistemas críticos atingidos estava o G-Drive, plataforma de nuvem interna utilizada por servidores públicos. Hospedado em um único datacenter e sem backups externos, o serviço resultou na perda permanente de arquivos de cerca de 750 mil funcionários. O governo tenta agora recompor parte das informações por meio de arquivos locais, e-mails, documentos oficiais e registros impressos.
De acordo com o The Guardian, o incêndio teria começado durante o transporte interno de baterias de íon-lítio usadas na infraestrutura do datacenter, quando uma delas explodiu. Até o fim da semana seguinte ao incidente, pouco mais de 10% dos serviços haviam sido restaurados. A gravidade do caso levou o presidente Lee Jae Myung a pedir desculpas públicas, afirmando estar “chocado” com a ausência de procedimentos adequados de backup. Quatro funcionários foram detidos para prestar esclarecimentos.
Contexto e precedentes
O episódio remete a 2022, quando uma falha semelhante envolvendo baterias em datacenter afetou o superapp Kakao, amplamente utilizado no país. O novo incidente reacende discussões sobre:
A Vital Importância dos Backups para a Segurança e Continuidade Empresarial
No cenário empresarial atual, onde os dados são um ativo crucial, a implementação de backups robustos é indispensável para a segurança e a continuidade dos negócios. Incidentes como o recente incêndio em um datacenter na Coreia do Sul, que resultou na perda de dados governamentais, sublinham os riscos de falhas de hardware, erros humanos, ataques cibernéticos e desastres naturais. Sem um sistema de backup eficaz, a recuperação de informações críticas pode ser inviável ou extremamente onerosa, levando a perdas financeiras, danos à reputação e, em casos extremos, ao encerramento das operações. Backups bem planejados garantem que, mesmo diante de imprevistos, os dados possam ser restaurados rapidamente, minimizando o tempo de inatividade e permitindo a retomada ágil das atividades.
A estratégia de backup é um componente vital do plano de continuidade de negócios e recuperação de desastres (BCDR), que define os procedimentos e tecnologias para restaurar sistemas e serviços dentro de prazos aceitáveis. A conformidade com regulamentações de proteção de dados, como a LGPD e a GDPR, também exige a manutenção de backups e a capacidade de recuperação, evitando multas e sanções. A adoção da regra 3-2-1 – três cópias dos dados, em duas mídias distintas, com uma cópia offsite – é uma prática recomendada para maximizar a segurança. Em suma, investir em backups não é um gasto, mas um investimento estratégico na resiliência, na reputação e na sustentabilidade de qualquer empresa no ambiente digital.

Espaçotec
Especialista em Sistemas de Informação, certificado pela Google e Oracle, com mais de 25 anos de experiência em tecnologia. Pós-graduado em Redes, Engenharia de Software e Gestão Empresarial, é professor há mais de 15 anos e colunista do Espaçotec. Atua como mentor, líder técnico e educador, ajudando pessoas e empresas a crescerem com organização, planejamento e inovação. Apaixonado por eletrônica, une prática e criatividade em tudo o que faz.
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