Uma pesquisa recente do Cetic.br aponta que 65% das crianças e adolescentes brasileiros, entre 9 e 17 anos, já utilizam ferramentas de IA generativa no dia a dia. Entre os principais usos: 59% recorrem à tecnologia para pesquisas escolares ou estudo; 42% para buscar informações em geral; 21% para criar conteúdo com texto e imagens; e 10% para conversar sobre problemas pessoais ou emoções. O levantamento entrevistou 2.370 participantes em todo o país entre março e setembro de 2025. Esses números reforçam que a IA deixou de ser novidade e já compõe o repertório cotidiano de aprendizagem, comunicação e produção de conteúdo dessa faixa etária.
Do ponto de vista educacional, esse cenário traz oportunidades e desafios. A IA pode apoiar a personalização do estudo, oferecer explicações alternativas, simular exercícios e ampliar o acesso a fontes. Para estudantes com dificuldades específicas, recursos como assistentes de escrita, tradutores e geradores de exemplos práticos podem acelerar a compreensão. Ao mesmo tempo, há riscos ligados à qualidade da informação (alucinações, vieses, desatualização), à privacidade e à forma como essas tecnologias são incorporadas em rotinas de estudo.
O risco da “terceirização” do aprendizado
Uma preocupação central é a “terceirização” do processo de aprendizagem. Quando a IA passa a fazer a maior parte do trabalho cognitivo como pesquisar, selecionar, organizar e sintetizar. O estudante tende a reduzir sua própria prática de análise crítica e síntese, competências que se constroem com esforço deliberado e repetição. A habilidade de aprender a aprender depende de enfrentar a dúvida, comparar fontes, errar, revisar e argumentar com base em evidências. Se o aluno consome respostas prontas sem compreender o caminho, perde-se a musculatura mental necessária para raciocinar de forma independente.
Em termos práticos, isso pode se refletir em:
Caminhos didáticos para um uso responsável
Para equilibrar benefícios e riscos, escolas, famílias e estudantes podem adotar estratégias simples e eficazes:
A IA generativa pode ser uma aliada da aprendizagem, desde que não substitua a parte essencial do estudo: pensar, interpretar, decidir e sintetizar com autonomia. O desafio não é rejeitar a tecnologia, mas integrá-la de modo que fortaleça e não atrofie as habilidades de síntese e aprendizado que formam a base do desenvolvimento intelectual dos nossos jovens.
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Espaçotec
Especialista em Sistemas de Informação, certificado pela Google e Oracle, com mais de 25 anos de experiência em tecnologia. Pós-graduado em Redes, Engenharia de Software e Gestão Empresarial, é professor há mais de 15 anos e colunista do Espaçotec. Atua como mentor, líder técnico e educador, ajudando pessoas e empresas a crescerem com organização, planejamento e inovação. Apaixonado por eletrônica, une prática e criatividade em tudo o que faz.
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