Foto: Reprodução Olá, bom dia. Hoje, na minha coluna semanal, quero falar sobre um tema que muitos acreditam já estar no passado. Entramos em dezembro, mês em que celebramos o Dia Mundial da AIDS e também o Dezembro Vermelho, uma campanha que reforça o alerta sobre essa doença que marcou profundamente a história recente da humanidade.
A AIDS, que nos anos 80 tirou a vida de tantas pessoas e causou enorme preocupação, continua exigindo nossa atenção. Apesar dos avanços no tratamento a partir dos anos 90 e 2000, que diminuíram significativamente o número de mortes, ainda enfrentamos um cenário que merece cuidado. No Brasil, são registrados mais de 39 mil novos casos por ano e quase 10 mil pessoas ainda morrem em decorrência do HIV e da AIDS anualmente.
O dado que mais preocupa é o aumento de casos entre jovens adultos de 20 a 29 anos. E por que isso está acontecendo? Porque muitas pessoas relaxaram. A percepção de que a doença já não mata como antes, devido aos tratamentos eficazes e ao acompanhamento adequado, acabou reduzindo a sensação de risco — especialmente entre os mais jovens.
A prevenção, no entanto, segue sendo fundamental. E o desafio vai além da área médica: é também social. Os números mostram que jovens pobres e negros têm sido os mais afetados nos últimos anos. Além disso, o diagnóstico tardio e a falta de uso constante e adequado das medidas preventivas agravam ainda mais o quadro.
Hoje contamos com alternativas importantes, como o PrEP — a profilaxia pré-exposição —, um medicamento usado por pessoas que estão mais expostas ao risco, como profissionais da saúde, e que tem reduzido de forma significativa a contaminação. Mas nada substitui a prevenção, o cuidado e, quando necessário, o tratamento adequado.
A AIDS ainda é uma doença que pode levar ao óbito e segue trazendo impactos para a população. Por isso, reforço: vamos nos cuidar. Procurem fazer o acompanhamento periódico, realizem exames de rotina e mantenham em dia não só os testes para HIV, mas também para todas as infecções sexualmente transmissíveis.
Um grande abraço a todos e uma excelente semana.

Saúde em Destaque
Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UNISUL e da Medicina, com mais de 20 anos de experiência na área da saúde e gestão pública. Foi Secretário Municipal de Saúde, presidente do COSEMS-SC e diretor do CONASEMS. É mestre em Saúde Coletiva, doutor em Ciências Cardiovasculares pela UFRGS e possui MBA em Liderança e Gestão em Saúde pelo Einstein. Atualmente, é diretor executivo do Laboratório Santa Catarina.
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