Encontro promovido pelo Conselho de Negócios Brazil-US visa pressionar o governo americano a postergar o tarifaço.
O Senador Esperidião Amin saiu otimista da reunião envolvendo parlamentares brasileiros e empresários americanos, na Câmara de Comércio norte–americana. Amin é um dos integrantes da missão oficial do Senado brasileiro, que visa abrir um canal de negociação entre os governos brasileiro e americano, para tentar reverter a taxação de 50% aos produtos que saem do Brasil com destino aos Estados Unidos, imposta pelo presidente Donald Trump. O grupo de parlamentares é liderado pelo senador Nelson Trad (PSD-MS), e se reuniu com lideranças empresariais dos EUA, em encontro articulado pelo Conselho de Negócios Brazil-US.
Na reunião, que contou com a presença de empresas gigantes da economia norte-americana, os senadores passaram a articular a elaboração de uma carta conjunta da U.S. Chamber às autoridades norte-americanas, solicitando a prorrogação do prazo para início das taxas, marcada para o dia primeiro de agosto, próxima sexta-feira. A pressão partiria dos próprios empresários norte-americanos.
O senador apelou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que negocie com Donald Trump, sem deixar que o ponto ideológico ou de radicalismo assuma o roteiro da conversa. A missão oficial ainda terá agendas a serem cumpridas hoje (29) e amanhã (30).
Tarifaço já impacta economia catarinense
Diante da expectativa da entrada em vigor do tarifaço, alguns setores econômicos já sentiram os efeitos que a taxação provocará na economia. O setor madeireiro foi o mais afetado até agora, com empresas do segmento tendo que paralisar a produção e entrar em modo de espera, devido à suspensão de pedidos.
Na agricultura, os apicultores do estado também estão preocupados com os efeitos da tarifa sobre o mel, que pode inviabilizar a produção. Atualmente, 81% do mel produzido em Santa Catarina tem como destino os Estados Unidos.