Bolsonaro solicita autorização para visitas de políticos de SC

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou uma autorização para receber visitas de políticos catarinenses. Os pedidos, feitos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foram apresentados após ele deixar o hospital e retornar para a prisão domiciliar, nessa quarta-feira (17).

A defesa do ex-presidente alegou a necessidade de “diálogo pessoal” com os aliados e, com isso, pediu as visitas de Esperidião Amin (PP), senador catarinense, e Caroline de Toni (PL), deputada federal em SC. Bolsonaro também solicitou a visita do senador Marcos Pontes (PL-SP) e do deputado federal Osmar Terra (PL-RS).

Vale ressaltar que o ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto. O político também encaminhou a Moraes uma solicitação para troca de data de dois encontros que já haviam sido autorizados, com os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Rodrigo Valadares (União-SE).

Valadares é relator do projeto de anistia que pode conceder perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Sóstenes é líder do PL na Câmara e um dos principais defensores da proposta de anistia. A visita do deputado carioca está marcada para o dia 22 de setembro, enquanto a do sergipano está agendada para o dia 24. O pedido da defesa é para a inversão das datas.

Diagnóstico de câncer é confirmado

O ex-presidente recebeu alta do Hospital DF Star, em Brasília, na tarde dessa quarta-feira. Ele havia sido internado no dia anterior após apresentar crise de soluços, vômitos e queda de pressão arterial. Bolsonaro passou a noite em observação. De acordo com boletim médico os exames apontaram alteração na função renal e persistência do quadro de anemia.

Ainda, em entrevista coletiva, o cirurgião Claudio Birolini, chefe da equipe que acompanha o ex-presidente, confirmou que Bolsonaro tem diagnóstico de câncer. Exames identificaram duas lesões compatíveis com câncer de pele. “Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou Birolini. Segundo ele, o estágio é inicial e demanda apenas acompanhamento periódico.