Acordo prevê libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos; 600 caminhões de suprimentos devem entrar diariamente no território.
Grupos de ajuda humanitária começaram neste domingo (12) a intensificar o envio de suprimentos à Faixa de Gaza, após a entrada em vigor de um novo cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas. O acordo prevê a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos a partir desta segunda-feira (13).
Cerca de 600 caminhões com alimentos, medicamentos e combustível devem entrar por dia no enclave, todos inspecionados por forças israelenses. A ajuda ocorre após meses de bloqueio e combates que deixaram 90% dos dois milhões de habitantes de Gaza deslocados e geraram fome generalizada.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada com apoio de Israel e dos Estados Unidos para substituir a operação da ONU, suspendeu suas atividades após o acordo. O futuro da entidade é incerto, e suas operações foram marcadas por inconsistências e confrontos durante a distribuição de alimentos.
O presidente Donald Trump, mediador do cessar-fogo, deve visitar Israel e o Egito nesta segunda-feira para discutir a implementação do acordo e participar de uma cúpula de paz com líderes internacionais.
Apesar da trégua, o futuro político de Gaza e o destino do Hamas permanecem indefinidos. Desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 67 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde local.