Em entrevista à Rádio Litoral, o presidente da Copagro destacou sua trajetória no setor agropecuário, a importância do cooperativismo e as demandas de infraestrutura hídrica no sul de Santa Catarina.
Foto: Reprodução O presidente da Copagro, Dionísio Bressan Lemos, concedeu entrevista à Rádio Litoral, nesta semana, destacando sua trajetória no setor agropecuário, seu trabalho em administração pública e as atuais demandas de infraestrutura hídrica no Vale do Rio Tubarão.
Natural de Tubarão, Dionísio é médico veterinário, já atuou como vereador, secretário municipal de Agricultura e presidente da EPAGRE, onde promoveu a recuperação financeira da instituição e fortaleceu a pesquisa agropecuária em Santa Catarina. Atualmente, preside a Copagro, consolidando sua atuação no cooperativismo e no desenvolvimento do setor agroindustrial do Estado.
Durante a conversa, ele relembrou a importância da Epagre para Santa Catarina e destacou que o modelo agroindustrial do Estado é referência nacional, com empresas como Sadia, Perdigão e Aurora surgindo graças a uma agropecuária forte e consolidada. “A Epagre tinha uma dívida acumulada de mais de 70 milhões de reais quando assumimos, valor que hoje atualizado ultrapassaria os 500 milhões. Conseguimos reestruturar a instituição, implementando plano de demissão voluntária e ampliando a assistência técnica para 100% dos municípios do Estado”, afirmou Dionísio.
Entre os temas debatidos, Dionísio comentou a situação da dragagem do Rio Tubarão, projeto que enfrenta desafios burocráticos, ambientais e financeiros. Segundo ele, os recursos liberados atualmente pelo governo estadual contemplam apenas o trecho final do rio, próximo à região da Laguna, e não resolvem integralmente os problemas de enchentes no Vale do Tubarão. “Estamos há 50 anos discutindo essa questão e a cada gestor que passa, o problema é adiado. A estrutura necessária para prevenir enchentes e minimizar impactos econômicos ainda não existe”, declarou.
Outro ponto abordado foi a cobrança pelo uso de recursos hídricos, que, segundo Dionísio, deve ser implementada no futuro, mas de forma a não penalizar o setor rural, que é responsável pela conservação de nascentes e áreas de preservação ambiental. “O meio rural deveria ser remunerado pelos serviços ambientais que presta, e não penalizado com custos adicionais que poderiam reduzir a competitividade”, explicou.
Dionísio também falou sobre a recente honraria recebida, a Comenda Vili Zumblich, concedida pelo prefeito de Tubarão e entregue a ele juntamente com o governador do Estado e o presidente da Assembleia Legislativa. Para o presidente da Copagro, a comenda é uma forma de reconhecimento pelo trabalho prestado à comunidade e ao desenvolvimento regional.
Por fim, Dionísio detalhou a transferência do parque industrial da Copagro para o bairro São Cristóvão, que abrigará toda a estrutura de beneficiamento de arroz e produção de rações para animais, destacando a preocupação com a vizinhança e com o cumprimento das normas ambientais.
A entrevista reforçou a experiência de Dionísio Bressan como gestor, político e líder cooperativista, consolidando sua trajetória como um dos nomes de destaque no desenvolvimento do setor agroindustrial no sul de Santa Catarina.
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