Projeto Tampatas visa arrecadar tampinhas para serem vendidas para reciclagem; dinheiro arrecadado é revertido para a castração de animais.
Um projeto que visa unir educação ambiental e cuidado animal através da coleta de tampinhas plásticas está mobilizando alunos, pais, professores e toda a comunidade em Gravatal. Trata-se do Projeto Tampatas, que está sendo realizado na Escola de Educação Básica José Cardoso de Aguiar, localizada na comunidade de Várzea das Canoas.
Coordenada pela professora Tuane Souza, a iniciativa reúne os alunos, professores e famílias, através da arrecadação de tampinhas que são destinadas às ONGs Movimenta-Cão e Patinhas Unidas SC, que vendem o material para reciclagem. Depois, a renda obtida é usada para custear castrações de animais em situação de abandono ou pertencentes à famílias de baixa renda.
O projeto é parte do programa Gravatal Mais Verde. Idealizado pela Secretaria Municipal de Educação, o Gravatal Mais Verde visa alinhar os projetos pedagógicos da escola aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O Tampatas promove a conscientização sobre o descarte correto de resíduos e o controle populacional de cães e gatos errantes.
Essa é a primeira edição do projeto na Escola da Várzea. Segundo a professora, a expectativa é bastante positiva quanto ao apoio da comunidade local. “A motivação foi unir duas áreas que amo: a docência e o bem-estar animal. A participação da comunidade tem sido muito positiva. Os alunos se envolvem, trazem as tampinhas e compartilham o engajamento das famílias. Mesmo quando trazem poucas unidades, querem saber se estão ajudando. Explico que cada contribuição conta. De tampinha em tampinha, a gente vai longe”, relata Tuane.
Durante as aulas, os estudantes discutem temas como reciclagem, decomposição de resíduos e a importância da castração. “O retorno tem sido excelente. Os alunos se mostram interessados, fazem perguntas, compartilham ideias e procuram entender melhor como contribuir. Muitos já demonstram consciência ambiental e desejo de ajudar os animais”, afirma.
O projeto desenvolvido na Escola da Várzea tem impacto no meio ambiente, pela destinação das tampinhas à reciclagem ao invés do descarte, e também na saúde pública e bem-estar animal, pelo trabalho realizado pelas ONGs de forma voluntária.
Segundo a vice-presidente da ONG Movimenta-Cão, Sandra Medeiros, para custear cada castração, é necessário arrecadar cerca de 120 quilos de tampinhas de garrafas pet, cerca de 48 mil unidades.
“Somos voluntárias e cuidamos dos animais em nossas próprias casas. Não temos canil. Por isso, não recolhemos diretamente os animais, pois não temos onde abrigá-los. Nosso apoio é voltado principalmente a protetores independentes. Quando um cachorro de rua precisa de ração, por exemplo, a gente leva. Com os recursos arrecadados por meio das tampinhas, conseguimos realizar castrações também. Esse é o nosso trabalho”, destaca.
Além das tampinhas, as ONGs também recebem doações de ração e cobertores para pets. Quem quiser contribuir pode entrar em contato pelo Instagram: @movimentacao_ong e @patinhasunidassc.