Vereador do PT avalia primeiro ano de mandato, aponta falhas em licitações e pede plano de arborização para o município.
O vereador Matheus Madeira (PT) avaliou seu primeiro ano de atuação na Câmara de Tubarão e afirmou que, após um período de adaptação, pretende intensificar a fiscalização sobre o Executivo. Segundo ele, o papel de oposição exige equilíbrio, mas também firmeza. “É preciso ter bom senso, mas nós já chegamos a um ponto em que a cobrança precisa ser mais incisiva”, declarou em entrevista à Rádio Litoral.
Entre os requerimentos apresentados recentemente, o parlamentar questionou a contratação de um engenheiro por dispensa de licitação para elaborar o termo de referência de uma nova licitação do lixo. Madeira lembrou que o município está há um ano prorrogando o contrato emergencial do serviço. “É uma situação de incompetência. Se a prefeitura não tinha condições de elaborar o termo de referência, deveria ter dito antes. Agora, perto de estourar o prazo de um ano, tenta justificar a emergência para contratar sem licitação. É no mínimo estranho”, criticou.
Outro ponto levantado foi a derrubada de árvores às margens do Rio Tubarão, sem licenças ambientais apresentadas. O vereador acionou o Ministério Público pedindo análise da legalidade das supressões. “A prefeitura se apoia no argumento de que todas as árvores listadas em um relatório estão em risco, mas o documento não diz isso. Não dá para usar um salvo-conduto para cortar 500 árvores sem justificativa. Queremos critérios claros e também um plano de replantio”, defendeu, lembrando que Tubarão aparece entre as cidades menos arborizadas do Brasil, segundo o IBGE.
Madeira também comentou a aprovação de projetos relacionados ao plano diretor e à ressocialização de presos, com possibilidade de trabalhos internos e externos em parceria com a prefeitura. Ele avaliou as propostas como positivas, desde que bem organizadas e transparentes.
O vereador concluiu reafirmando seu compromisso de fiscalizar e propor debates estruturais para a cidade. “Tubarão precisa de planejamento de longo prazo e de mais transparência na gestão pública”, resumiu.