Foto: Reprodução Da mesma terra de onde nasceu o primeiro alimento. De onde caiu a primeira chuva. Encheu-se rios, mares, oceanos.
De onde pisou o primeiro microrganismo, inseto, animal, ser humano. De onde juntou-se continentes. Nasceu conflitos. Foram enterrados homens. Separadas famílias. É a mesma terra para todos.
De onde o nativo erguiu e o colonizador tomou para si. Matou culturas e instaurou a que considerava adequada. Queimou e dizimou quem pensava diferente. Quem lutava por direitos tomados.
Olhou para o passado e enterrou o originário. Ensinou para as crianças um estereótipo de americano distorcido. E deixou para trás um genocídio e uma escravidão que pouco se repara e que se mostraram essenciais para o crescimento de uma América que conhecemos hoje como primeiro mundo.
Terra de sonhos realizados, oportunidades grandes, vidas melhores. Terra agora de famílias divididas, sonhos roubados e aprisionados.
Formada pelos mesmos homens que apagaram o nativo da história e que agora tenta fazer com o imigrante. A mesma terra que cresceu às custas de nativos, estava crescendo com a chegada de imigrantes e que agora os mesmos americanos tentam levar todo o crédito.

Por entrelhinhas
Eduarda Barreiros Schotten é estudante de Jornalismo e escritora. Aprofundando-se em temas impactantes da sociedade, por entrelinhas, traz a humanidade ao texto de uma forma poética e as vozes dos marginalizados. Tocando em pontos sensíveis de questões que abalam a atualidade criativamente.
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