Foto: Reprodução O mal do século se resume em telas passadas. Vidas “filtradas”, modas passageiras, fofocas mal contadas. Se antes o problema era a falta de comunicação, hoje o excesso se mostra doentio, exacerbado.
Se consome superficialidades de uma vida que fora das telas se iguala a todas as outras. Se molda um padrão inalcançável, se dá palco para tolos, mídia para os zuados, odiados. A população está doente e isso é problemático, mas não viraliza.
As redes se tornaram um verdadeiro circo, se para num dia de trânsito em frente à cena de um acidente, olha para a vítima que agoniza ao chão e grava. Se olha para o homem que ateou fogo no próprio corpo em meio da estação de metrô num dia corriqueiro de trabalho e grava. E posta e viraliza. E a tragédia vira espetáculo.
Mas o espetáculo acaba, outra polêmica acabou de surgir. Se olha então para a guerra no oriente e se especula, especula muito, se preocupa, fala, noticia, fofoca.
Mas o que se faz na prática? Nada.
Se senta num domingo à noite sozinho no apartamento, para de rolar a tela e se percebe o tamanho do vazio. Conectados, mas tão sozinhos no mundo.

Por entrelhinhas
Eduarda Barreiros Schotten é estudante de Jornalismo e escritora. Aprofundando-se em temas impactantes da sociedade, por entrelinhas, traz a humanidade ao texto de uma forma poética e as vozes dos marginalizados. Tocando em pontos sensíveis de questões que abalam a atualidade criativamente.
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