Alertas foram atualizados, mas risco continua alto no Litoral e áreas serranas.
Foto: Reprodução Santa Catarina amanheceu sob alerta nesta terça-feira (09) por causa da atuação de um ciclone extratropical na costa. Desde o início da manhã, cidades do Litoral registravam chuva forte, enquanto regiões do Oeste enfrentavam alagamentos e destelhamentos ocorridos no dia anterior. O risco alto para estragos levou escolas estaduais, municipais e a UFSC a suspenderem as aulas. Segundo a Defesa Civil, o sistema provoca chuva intensa, temporais isolados e rajadas de vento desde segunda-feira (08).
As instabilidades seguem concentradas no Litoral e áreas serranas, com chuva persistente e risco de enxurradas, alagamentos e destelhamentos. As rajadas podem chegar a 70 km/h nas regiões costeiras, com risco elevado para queda de árvores e danos na rede elétrica. No Oeste, moradores relataram transtornos desde segunda-feira, quando temporais provocaram estragos em diferentes municípios.
Na região de Tubarão, o coordenador da Defesa Civil, sargento Jeferson da Silva, informou que mais de 97 milímetros de chuva foram registrados nas últimas três horas. O Rio Tubarão chegou a 3,92 metros na madrugada e estabilizou em 3,86 na manhã desta terça-feira, provocando alagamentos em diversos pontos da cidade. Equipes seguem monitorando as ocorrências.
O Instituto Nacional de Meteorologia revisou os avisos vigentes para as tempestades associadas ao ciclone. Até a manhã desta terça-feira, havia alerta vermelho de grande perigo para Oeste, Norte, Serra e Vale do Itajaí. Os novos avisos, válidos até 10h de quinta-feira (11), incluem um alerta amarelo de perigo potencial para o Oeste e um alerta laranja de perigo para as demais regiões de Santa Catarina. Um terceiro aviso laranja aponta risco para ventos costeiros.
Ciclone se desloca e ventos ganham força
Entre quarta e quinta-feira (11), o ciclone se desloca gradualmente para alto-mar, reduzindo as instabilidades sobre o Estado. Nesse período, as rajadas de vento tendem a ganhar intensidade, especialmente na madrugada de quarta, quando devem variar entre 60 km/h e 80 km/h no Litoral, com pontuais acima desse patamar. No Extremo Oeste e Oeste, as rajadas ficam entre 40 km/h e 60 km/h.
A partir do fim da tarde de quinta-feira, a tendência é de diminuição do vento na maior parte das regiões, exceto nos Planaltos e no Litoral Sul, onde seguem moderadas a fortes. O mar permanece agitado, com ondas entre 3 m e 3,5 m e picos de até 4 m em alto-mar. Há risco de ressaca.
Impactos em outras regiões
O ciclone extratropical, que começou a se formar na segunda-feira (08), também afeta outros estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com chuvas intensas, tempestades e granizo. As precipitações mais fortes permanecem até esta terça-feira e tendem a continuar de forma isolada até quarta (10), quando o centro do sistema se afasta para o Atlântico.
No Rio Grande do Sul, acumulados podem superar 300 mm, como em Uruguaiana, e ao menos dez municípios já registraram danos em residências, comércios e escolas, principalmente na Serra. Ventos fortes também podem atingir Paraná, São Paulo e parte de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mais de 40 cidades catarinenses suspenderam aulas.
A previsão indica que o ciclone deixa de influenciar o Brasil na quinta-feira (11), com retorno do tempo firme no Sul. Chuvas isoladas ainda podem ocorrer no Sudeste e Centro-Oeste nos dias seguintes.
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