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COLUNISTAS

Mortes evitáveis e o desafio de resgatar a essência da medicina

22/10/2025 09h00 | Atualizada em 22/10/2025 15h39 | Por: Daisson Trevisol
Foto: Reprodução

O Brasil e o mundo enfrentam um grave problema que passa despercebido por muitos: as mortes evitáveis. Nos últimos tempos, o número de pessoas que perdem a vida por causas que poderiam ter sido prevenidas tem crescido de forma alarmante. São bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos que morrem em situações que poderiam ser evitadas com atenção, preparo e responsabilidade.

Em meio a esse cenário, surgem acusações infundadas de que vacinas seriam responsáveis por algumas dessas mortes. É importante reafirmar que as vacinas salvam vidas. Elas são seguras, eficazes e fundamentais para a saúde pública. Assim como qualquer intervenção médica, apresentam riscos, mas esses são mínimos diante dos benefícios. O verdadeiro problema está nos erros evitáveis, que seguem sendo cometidos em larga escala.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo por erros evitáveis, o equivalente a cinco mortes por minuto. No Brasil, são 60 mil mortes por ano, o que equivale à queda de um avião por dia.

Essas tragédias têm diversas causas: profissionais mal formados, uso indevido de substâncias perigosas como anabolizantes e hormônios, diagnósticos falhos, hospitais sem estrutura e um sistema de saúde fragilizado pela falta de investimento e, muitas vezes, pelo descaso.

A chegada da inteligência artificial na medicina trouxe avanços significativos, mas também novos riscos. Muitos profissionais têm estudado menos, terceirizado o raciocínio clínico e perdido a capacidade de pensar criticamente, de questionar e, principalmente, de cuidar das pessoas. A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas não pode substituir o olhar humano, a ética e a empatia.

A medicina precisa voltar às suas raízes, ao conhecimento profundo, à humanização e à responsabilidade. Quando o cuidado com a saúde é guiado pela superficialidade, quem paga o preço são os pacientes.

Seis mortes por hora no Brasil, cinco por minuto no mundo. Esses números não são estatísticas frias, são vidas perdidas que exigem reflexão, compromisso e ação imediata.

Uma boa semana a todos e que ela seja de reflexão e mudança.

Confira mais no video abaixo ou clicando AQUI.

 

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Daisson Trevisol

Saúde em Destaque

Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UNISUL e da Medicina, com mais de 20 anos de experiência na área da saúde e gestão pública. Foi Secretário Municipal de Saúde, presidente do COSEMS-SC e diretor do CONASEMS. É mestre em Saúde Coletiva, doutor em Ciências Cardiovasculares pela UFRGS e possui MBA em Liderança e Gestão em Saúde pelo Einstein. Atualmente, é diretor executivo do Laboratório Santa Catarina.

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