Ação foi coordenada pela Polícia Militar, junto à outras forças de segurança.
O Farol Shopping foi palco de um simulado de segurança, que teve como objetivo principal testar e aprimorar o tempo de resposta das forças de segurança em um cenário de tiroteio com vítimas. O exercício, realizado pela Polícia Militar em parceria com o Corpo de Bombeiros e o Exército, visou garantir uma atuação coordenada e eficaz em ocorrências desse tipo, além de dar a melhor resposta possível e preservar o maior número de vidas.
A ação é a segunda do gênero no shopping. O tenente Júnior, da Polícia Militar, explicou que o primeiro simulado, realizado há dois anos, surgiu de uma necessidade mútua: a da PM em treinar em locais de grande aglomeração e a do shopping em testar seus próprios protocolos de segurança.
Segundo o tenente, o simulado permitiu identificar que o protocolo de resposta das forças de segurança já é bastante adequado para a realidade local. Ele destacou, no entanto, a importância de treinamentos contínuos para aprimorar o atendimento. O militar mencionou os episódios em Saudades e Blumenau como exemplos de que o treinamento constante é fundamental.
O tenente detalhou que o 5º Batalhão da Polícia Militar, sob o comando do Tenente-Coronel Bona Portão, tem o treinamento constante como doutrina. “As equipes especializadas têm treinamentos regulares, quinzenais e muitas vezes semanais, incluindo deslocamentos a outros batalhões especializados, como o Choque, como o BOPE, ou o recrutamento de instrutores referências em determinadas áreas.”
Ele também comentou que, no ano anterior, já haviam realizado simulados em escolas, que, no Brasil, são os locais mais vulneráveis a esse tipo de ataque. “Praticamente 95% das ocorrências de atirador ativo envolvem colégio. Por essa razão, a Polícia Militar estuda a viabilidade de realizar mais simulados em escolas e creches, para prepararmos o efetivo para uma resposta rápida. A agilidade é fundamental nesses cenários.”
O simulado deste ano trouxe um elemento novo em relação ao primeiro, com a simulação de um princípio de incêndio. O tenente destacou que essa adição permitiu que o Corpo de Bombeiros também pudesse atuar em sua missão principal, que é o combate ao fogo.
Ele ressalta que, em ocorrências de atirador ativo, cada segundo conta para neutralizar o atirador e salvar o maior número de pessoas possível. “A prontidão e a coordenação das equipes são essenciais para que a melhor resposta seja dada, minimizando os danos e preservando vidas”, destaca.