Ação das polícias de SC e RS também cumpriu mandados de busca e outras prisões em Caxias do Sul.
Foto: Arquivo/Bruno Golembiewski/ND Um homem investigado por integrar um grupo criminoso de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, foi preso na manhã desta quinta-feira (27) em Imbituba, no Sul de Santa Catarina. A captura ocorreu durante o cumprimento de mandados da Operação Omertà, que realizou ações simultâneas nos dois estados. Além da prisão em SC, a ofensiva também cumpriu sete mandados de busca e quatro de prisão determinados pela investigação gaúcha.
A ação em Imbituba teve apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Capturas e da Delegacia de Roubos e Antissequestro, unidades da Delegacia Estadual de Investigações Criminais. O trabalho auxiliou a 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, responsável pelo inquérito.
Segundo a investigação, o grupo é apontado por envolvimento em crimes de sequestro, extorsão e tortura, motivados por cobranças de dívidas relacionadas ao tráfico de drogas e à agiotagem. As apurações avançaram após a prisão do primeiro suspeito, quando vídeos encontrados no celular dele mostraram vítimas sendo agredidas em cativeiros entre maio e agosto deste ano.
Durante diligências no Rio Grande do Sul, foram apreendidos celulares, entorpecentes, instrumentos que teriam sido usados nas agressões, como pé de cabra, bastão e máquinas de choque, além de roupas semelhantes às que aparecem nas gravações. A análise do material identificou outros envolvidos, incluindo o homem localizado em Imbituba, que teria atuado no sequestro, na logística e na filmagem das sessões de tortura.
Outros suspeitos foram presos em Caxias do Sul, entre eles um homem apontado como contratante do torturador e outro que teria praticado cobranças violentas registradas em vídeo. Em um dos casos, ele teria entrado na casa da vítima, feito ameaças diante da família e gravado um vídeo cobrando o pagamento de dívidas ligadas à agiotagem.
A Justiça também decretou a prisão preventiva de um quarto investigado, identificado na etapa inicial da Operação Omertà, após a polícia reunir provas que indicam a participação dele nos crimes. No total, cinco pessoas foram presas no âmbito da operação. O inquérito seguirá sendo finalizado pela Polícia Civil gaúcha e, após conclusão, será encaminhado ao Judiciário.
Sobre a Operação Omertà
A operação recebeu o nome Omertà em referência ao código de silêncio associado a antigas organizações mafiosas do sul da Itália. O termo remete à ideia de lealdade e sigilo absoluto, simbolizando o funcionamento clandestino e o silêncio mantido pelo grupo investigado.
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