coordenador de Planejamento e Meio Ambiente de Capivari de Baixo, explicou as demandas da pasta em entrevista a Rádio Litoral.
Foto: Victor Guterres O coordenador de Planejamento e Meio Ambiente de Capivari de Baixo, Jorge Leonardo Nesi, detalhou os ambiciosos planos da administração municipal para redefinir o futuro da cidade. Em entrevista, Nesi fez um balanço dos projetos estratégicos que visam modernizar e organizar o desenvolvimento do município para as próximas décadas, destacando a urgência em revisar o Plano Diretor, a aposta em novas tecnologias construtivas e a necessidade de regularização fundiária.
A principal prioridade da Coordenadoria de Planejamento é a reforma do Plano Diretor, que deve ter início em janeiro. Nesi classificou o atual plano como excessivamente "bitolado" e restritivo, o que estaria contendo o desenvolvimento da cidade. A revisão busca maior flexibilidade e a definição da vocação de Capivari de Baixo, com o objetivo de traçar diretrizes para os próximos 25 anos. Entre as propostas de destaque está a criação de um contorno viário que conectará a nova Ponte da Amizade à BR-101. Este projeto visa impulsionar a expansão urbana, agregando áreas industriais, comerciais e residenciais com potencial para edificações mais altas. O coordenador sugeriu inclusive a visão audaciosa de transformar a maior parte do município, de apenas 53 km², em área urbana, facilitando o acesso a recursos e a prestação de serviços essenciais.
Apesar de estar vinculado à Secretaria de Gestão e Finanças, a gestão do prefeito Cláudir Bitencourt optou por criar uma estrutura própria para o Programa de Regularização Fundiária (REURB). A medida foi necessária devido à grande demanda, pois cerca de 50% a 60% do município possui lotes em situação irregular. A regularização é vista como fundamental para garantir a cidadania, permitindo aos moradores a obtenção de matrícula dos imóveis, acesso facilitado a serviços e a possibilidade de financiamentos.
Buscando eficiência e agilidade na construção de edificações públicas (saúde e educação), a prefeitura visitou Capão da Canoa (RS) para inspecionar o sistema de obras modulares. Essa tecnologia, que adere a uma ata de preço do Governo Federal, simplifica a licitação e execução. As vantagens são notáveis: obras que levariam mais de um ano podem ser concluídas em cerca de seis meses, com baixíssima geração de resíduos e manutenção ínfima. As estruturas demonstram alta resistência e durabilidade, tornando-se mais econômicas e eficientes para o município a médio e longo prazo.
Em conjunto com a reforma do Plano Diretor, o Plano Municipal de Saneamento será atualizado. Capivari de Baixo busca a autonomia, já que atualmente depende de terceiros para abastecimento de água e utiliza predominantemente fossas sépticas para esgoto. O novo planejamento dará foco à criação de um sistema próprio e coletivo de coleta e tratamento. Nesi finalizou ressaltando a importância de o município abraçar a tecnologia e o conceito de Smart City, migrando de processos baseados em papel para soluções digitais que agilizam o planejamento e qualificam a vida dos cidadãos.
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