O último pontífice que havia escolhido o nome Leão foi Vincenzo Gioacchino Pecci em 1878, cujo papado durou até julho de 1903, quando ele morreu aos 93 anos.
“Habemus papam”. Um novo papa foi escolhido nesta quinta-feira (8), no segundo dia de conclave, e anunciado ao mundo através da fumaça branca da chaminé da Capela Sistina por volta das 13h. O americano Robert Prevost escolheu Leão XIV como seu nome pontifício, resgatando um nome popular entre os papados, porém não usado desde 1878.
O nome “Leão” foi escolhido por 13 papas ao longo da história, agora 14. A escolha faz referência a São Leão Magno, o primeiro papa a adotar o nome e uma das figuras mais influentes da história da Igreja Católica. É o sexto nome mais escolhido por papas, atrás de João (21), Gregório (16), Bento (15), Clemente (14) e Inocêncio (13).
A última vez que o nome Leão havia sido escolhido foi no século 20. Leão XIII deixou o comando da Igreja Católica em 1903. Segundo a vaticanista Mirticeli Medeiros, correspondente da GloboNews, o papa Leão XIII ficou marcado por ter colocado à disposição dos historiadores o arquivo secreto do Vaticano, que hoje é Biblioteca do Vaticano, com o intuito que eles pudessem ter acesso à história da Igreja.
O nome Leão XIII foi escolhido por Vincenzo Gioacchino Pecci em 1878. O papado dele foi até julho de 1903, quando o pontífice morreu aos 93 anos. Leão XIII tinha um perfil humanista, e ficou marcado pela busca em conciliar a tradição da Igreja com os desafios do mundo moderno.
Ele ficou conhecido por sua grande encíclica social ‘Rerum Novarum’, na qual abordou a questão operária, recomendando a colaboração entre o capital e o trabalho e as associações de trabalhadores.
Ele fez críticas ao liberalismo, porém rejeitou o socialismo e a luta de classes. Em 1900, foi o responsável por dissolver os Estados Pontifícios.
Durante o seu discurso na Praça São Pedro nesta quinta, o papa Leão XIV não fez nenhuma menção específica à escolha do nome. Costumeiramente, os papas escolhem os nomes para honrar figuras importantes da igreja, santos importantes ou predecessores.
A escolha dos nomes
João Paulo I escolheu um nome duplo para homenagear os papas João XXIII e Paulo VI, seus antecessores imediatos. Seu sucessor, João Paulo II, seguiu o exemplo, demonstrando continuidade.
Ainda, a escolha do nome pode sinalizar a direção que o novo papa pretende dar ao pontificado. Francisco foi uma escolha de nome inédito, uma homenagem a São Francisco de Assis.
Nenhum papa escolheu o nome de Pedro, considerado o primeiro papa e o “príncipe dos apóstolos”. Nomes como José, Tiago, André e Lucas também nunca foram escolhidos por um papa.