Caso gerou repercussão na região, e ocorrência será investigada.
A morte de um bebê de 11 meses em Tubarão tem chamado a atenção após a família apontar negligência no atendimento por parte do Samu. Conforme relatado pelos próprios familiares, a criança chorava de forma intensa, considerada fora do normal, e a mãe, preocupada com o choro do bebê, ligou quatro vezes para o número 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que informou não haver necessidade do envio de uma ambulância. A criança morreu horas depois.
O corpo do bebê foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para a autópsia, que vai apurar a causa da morte. De acordo com a família, a tragédia teria sido evitada se o socorro tivesse sido enviado.
O Samu de Tubarão informou que as demandas que chegam pelo número 192 são reguladas pela Central, em Criciúma, e que o envio de uma ambulância depende do médico regulador. O médico coordenador estadual da Central de Regulação de Urgência da Mesorregião Sul, ligado ao Samu, Dr. José Nixon Batista, afirmou que entrou em contato com a Superintendência de Urgência da SES/SC e solicitou a gravação das ligações e a ficha da ocorrência, para investigar o porquê da ambulância não ter sido enviada.
Samu emite nota oficial
A Superintendência de Urgência e Emergência esclarece que houve duas ligações para a Central de Regulação de Urgências do SAMU com relação ao paciente mencionado, no dia 13 de julho de 2025. A primeira ligação, às 01h56, onde a solicitante relata que a criança teve uma “quase convulsão” e que a criança já tinha um histórico de convulsões em tratamento, segundo áudio da gravação. Como a criança estava chorando ao telefone, era sinal que não estava em crise convulsiva no momento da ligação e, por conta disso, o médico da central do SAMU prestou as orientações médicas pertinentes.
Na segunda ligação, às 08h46, cerca de 7 horas após o primeiro contato, a solicitante relatou que poderia ser uma Parada Cardiorrespiratória. Imediatamente, a central enviou uma Unidade de Suporte Avançado do SAMU (UTI móvel), com médico, enfermeiro e condutor/socorrista. Ao chegarem no local, os profissionais constataram a Parada Cardiorrespiratória e iniciaram todos os procedimentos de Reanimação Cardiopulmonar, sem sucesso, sendo constatado o óbito no local.
O SAMU segue buscando todas as informações para averiguar as condutas dos profissionais e todas as medidas administrativas cabíveis serão tomadas.