Presidente da FABSul, Arnaldo Felisberto, e o gerente da federação, Jorge Brumm, destacam importância da lei que regulariza o setor e defendem o fortalecimento do associativismo como motor de desenvolvimento regional.
O presidente da Federação das Associações de Benefícios do Sul (FABSul) e fundador da Star Proteção Veicular, Arnaldo Felisberto, destacou em entrevista à Rádio Litoral a importância do associativismo no Brasil e o papel estratégico de Santa Catarina no fortalecimento do setor. A conversa contou também com a participação do gerente da FABSul, Jorge Brumm, que reforçou a relevância das associações no fomento à economia regional e à geração de empregos.
A nova legislação 213/2025, que regulamenta as associações e cooperativas de proteção veicular, vem transformando o cenário nacional. O marco legal estabelece normas para operação e fiscalização das entidades, antes pouco reconhecidas formalmente. “Foi um avanço muito grande. Pela primeira vez temos segurança jurídica para atuar dentro da lei”, ressaltou Felisberto, lembrando que o setor passa agora por um período de adaptação que pode se estender por até três anos.
O dirigente defendeu que as associações devem ter tempo e suporte técnico para se adequar às novas exigências. “A SUSEP precisa entender que a maioria dos gestores vem da base, do trabalho prático, e não se transforma em especialista em poucos meses. Esse processo requer formação, profissionalização e estrutura”, disse.
Brumm complementou dizendo que a regulamentação representa “um marco histórico para o associativismo”, mas que ainda há desafios para que todas as entidades possam se adaptar. “É um processo que exige responsabilidade e diálogo com o poder público. As associações sérias estão prontas para seguir esse caminho”, afirmou o gerente da FABSul.
Com mais de duas mil associações cadastradas no país, a FABSul vem liderando o diálogo com o governo federal e a SUSEP para ajustar pontos da regulamentação. “Foram mais de 2,5 mil sugestões de mudanças no texto, porque do jeito que estava, colocava em risco o associativismo. O objetivo é fortalecer, não enfraquecer”, explicou Felisberto.
Além do aspecto legal, Felisberto reforçou o impacto econômico do associativismo local. Segundo ele, o modelo mantém o capital dentro dos estados, gerando emprego, impostos e desenvolvimento. “Quando você faz um seguro num banco, o dinheiro vai pra fora. Nas associações, o recurso fica na cidade, gera renda e fomenta o comércio regional”, defendeu.
Arnaldo revelou ainda que Tubarão deve ganhar uma sede nacional da FABSul, com espaço para capacitação e formação de profissionais do setor. “Queremos transformar Tubarão em um polo nacional do associativismo, atraindo entidades de todo o Brasil e movimentando a economia da cidade”, afirmou.