Gestão reforça atendimentos nos CRAS e intensifica políticas para população em situação de rua, com histórias de recuperação e inclusão.
A secretária de Assistência Social, Mulher e Família de Tubarão, Heloísa Cabral, fez um balanço das ações da pasta e destacou que o foco do trabalho é atender com urgência e sensibilidade as pessoas em situação de vulnerabilidade. “A fome é muito triste. Eu sempre digo: a fome espera? Não. Então, se alguém procura ajuda, a prioridade dos nossos técnicos é largar o que estão fazendo e atender. Nós não queremos ninguém passando fome”, afirmou em entrevista à Rádio Litoral.
A rede de assistência do município conta com CRAS, CREAS, Centros de Referência da Criança e do Adolescente, Abrigo Bem Viver e Centro POP, que funcionam como portas de entrada para diferentes situações. O CRAS, por exemplo, atende famílias com vínculos fragilizados e necessidades básicas comprometidas, enquanto o CREAS recebe casos de violações de direitos, como violência contra mulheres, idosos e crianças.
Segundo Heloísa, os casos de violência doméstica têm aumentado e a secretaria vem articulando um fluxo de atendimento junto à Rede Catarina, Ministério Público e Judiciário. Já em relação à população em situação de rua, a secretária relatou que Tubarão tem intensificado abordagens, internações e reinserções familiares. Muitos foram encaminhados a clínicas de reabilitação e comunidades terapêuticas, com relatos de recuperação e reconstrução de vínculos.
Um caso recente que emocionou a equipe foi o de Jorge, conhecido morador de rua da cidade. Sem família, ele foi acolhido em uma residência inclusiva em Içara, custeada pelo município. “Ele ficou encantado ao descobrir que teria alguém para lavar suas roupas e servir um café. Para ele, era como viver em uma novela. Isso é cuidado, isso é dignidade”, contou Heloísa.
A secretária também reforçou a necessidade de novas famílias acolhedoras em Tubarão. O programa busca lares temporários para crianças que são afastadas judicialmente das famílias de origem. “Temos muitos bebês que precisam de acolhimento. Se a população pode ajudar, que seja abrindo o coração para uma criança, e não dando dinheiro nos semáforos, porque isso só alimenta o ciclo da dependência química”, apelou.
Heloísa encerrou a entrevista destacando que, além da técnica, o trabalho social exige empatia. “Os corações não podem ser endurecidos. Quem trabalha com assistência precisa se comover, precisa sentir. O cidadão é prioridade zero. A urgência é agora.”