Empresa responsável pelo transporte público coletivo manifestou interesse em encerrar contrato de concessão; prefeitura busca soluções.
O transporte público coletivo de Tubarão pode ter mudanças nos próximos meses. A intenção do Consórcio Cidade Azul de rescindir o contrato de concessão do transporte público (decisão essa já favorável em segunda instância) fez com que a prefeitura fosse atrás de alternativas para solucionar o problema do transporte coletivo na cidade.
Em reunião recente realizada no Paço Municipal, o consórcio propôs a reativação de uma linha circular para aumentar usuários e solicitou dados sobre estudantes para viabilizar um novo projeto. As propostas estão sendo avaliadas pela prefeitura, que não descarta outras ideias que possam ajudar a tornar o transporte na cidade mais eficiente.
O secretário de Planejamento e Urbanismo, Felipe Nascimento, comenta sobre as propostas oferecidas pelo consórcio. “Uma das saídas é o consórcio assumir também o transporte escolar. Hoje, quem paga o transporte escolar estadual é o Estado. A ideia seria a gente juntar toda essa massa, porque só o transporte público de Tubarão, só os clientes e usuários que usam o transporte público não pagam a operação. A operação é paga no horário de pico, mas nos intervalos, os veículos acabam rodando muito tempo vazio”, argumenta Felipe.
O secretário também destaca outras medidas que estão sendo avaliadas. “A gente discutiu bastante outras alternativas. Talvez, nesse período, colocar carros menores, pensar em mudar um roteiro diferente, falamos inclusive em resgatar uma ideia já do passado, que foi apontado lá no plano de mobilidade, o plano MOB, que é ter um circular nessa região central, ou seja, saindo da rodoviária nova, antes da ponte ele entraria à direita ali na beira-rio, sentido Unisul, atravessaria a ponte do Morrote.”
Felipe assume que a questão do transporte coletivo é problemática já há muito tempo em Tubarão, e afirma que é necessário ‘resgatar a cultura’ do transporte público. “Durante muito tempo, as pessoas buscaram alternativas. Então, muita gente hoje já tem sua bis, já tem sua moto, já tem seu carro. O município precisa resgatar a cultura das pessoas utilizarem o transporte público. E aí, qual a alternativa? Nós precisamos ter um transporte público atraente, de qualidade, com ar-condicionado, carros novos e tudo mais. E o preço da tarifa deve ser muito barato, ou a alternativa que a gente chegou a cogitar de ter trechos, ou toda a parte gratuita. Então, a construção disso vai depender de muita conversa agora. Nós precisamos alinhar muitas coisas, precisamos juntar muitos atores para que a coisa aconteça do jeito que a gente espera e precisa para o município”, finaliza Felipe.