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COLUNISTAS

A efervescente cena musical autoral do sul catarinense

18/06/2025 14h33 | Atualizada em 20/06/2025 15h32 | Por: Tom Belmonte
Foto: Esquadrão Marte

O carioca Tom Jobim, talvez o maior dos nossos compositores populares, afirmava que “basta a linguagem musical” para resumir o impacto de uma canção quando o assunto é comunicar ideias e emoções. Ao seu gosto e estilo, cada um de nós têm a trilha sonora da sua vida. Melodias que ficam tatuadas na memória afetiva do coração e são capazes de fazer chacoalhar o esqueleto, dar início a um intenso agito capilar e arrancar risos e lágrimas. A tal alquimia espiritual, emocional e física da música. 

Cantora Deborah esteve no Tudo em Pauta, da Litoral FM
Cantora Deborah​​​

Dito isto, chamo a atenção do ouvinte da Litoral FM 90.9 e do leitor desta coluna - que não à toa se denomina Alta Frequência, para a nova cena musical de MPB e pop-rock instalada em Tubarão e em ao menos outras duas cidades da costa sul catarinense. A conheci no TUDO EM PAUTA (TEP), programa de entrevistas com foco especial na Cultura e que comando de segunda à sexta-feira, das 10h às 11h, naquela que “dá gosto de ouvir”. E na frequência cultural do TEP as atrações sonoras têm lugar garantido, o que nos levou a criar o Música Daqui, quadro das sextas-feiras onde rodamos uma hora de música feita em Santa Catarina. Ou seja, onde a prioridade são as nossas bandas, compositores e intérpretes.

Raul Silter
Raul Silter

Esse caminho da autoralidade sonora local e regional vem revelando diamantes e esmeraldas. Todos singulares, prontos para palcos e aplausos que respondam ao tamanho dos seus talentos. Estou falando de beats fora da curva e letras inteligentes e à flor da pele, como no caso do caiçara lagunense Raul Silter e do rapper tubaronense Rafa Difere. De canções com autoridade e atitude rocker da P-115, Kamiza Emprestada e Esquadrão Marte, todas da Cidade Azul. Sem falar de trajetórias musicais consolidadas, mas sempre importantes de serem citadas e aplaudidas, porque abriram trilhas e seguem na ativa. Estou falando de Juliano Demétrio, o “mestre dos magos”, dono de um apuro instrumental e melódico e Seu Maneca, que passeia com desenvoltura pelo velho funk, o reggae e a MPB, e soma 25 anos de estrada autoral.

Vale citar ainda o suíngue costeiro, de consciência ambiental e vibração solar da lagunense Santarutz, da tubaronense Jamaica Groove e da  garopabense Karen Rosa. Das melodias com cheiro de mato e oceano de Tiago Bra e do folk-rock inspirado de Igor Guri.  Esses dois últimos gaúchos, mas radicados há mais de meia década em Laguna e Garopaba, respectivamente. Pluralidade musical também expressa no trabalho da tubaronense Deborah, dona de uma voz potente e que passeia por diferentes vertentes rítmicas. 

Igor Guri
Igor Guri

Música, portanto, de gente grande, pronta para tocar em qualquer FM de bom gosto do Brasil, estar no topo da sua playlist e de bombar no seu streaming. Artistas com tamanho para pedir vez e voz na trilha sonora da sua vida. Há mais ainda, mas esses guardaremos para um próximo capítulo deste coluna. Como ensinou Jobim, uma linguagem musical. Feita aqui, mas com personalidade para muito além da nossa aldeia.

 

Tom Belmonte é jornalista, escritor e músico.

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